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Encontrar souvenirs autênticos em Messina pode parecer uma caça ao tesouro sem mapa. Muitos turistas acabam levando lembranças industrializadas de lojas para turistas – uma pesquisa de 2023 mostrou que 68% dos viajantes se arrependeram de suas compras, desejando ter encontrado algo mais significativo. A frustração não é só pelo dinheiro gasto, mas por voltar para casa sem um pedaço genuíno da cultura siciliana. Entre a barreira do idioma, o tempo limitado e não saber onde os locais realmente compram, até os turistas mais bem-intencionados enfrentam dificuldades. As vielas do centro histórico escondem oficinas de artesãos incríveis, mas sem orientação, você pode nunca descobrir o ateliê de cerâmica passado por gerações ou a família que fabrica marionetes tradicionais desde 1920. Essas não são apenas compras – são histórias esperando para serem levadas para casa.

Por que as lojas turísticas não são a melhor opção
As lojas iluminadas ao redor da catedral e do porto de cruzeiros de Messina priorizam a conveniência, não a qualidade. Seus produtos 'locais' muitas vezes vêm de fábricas estrangeiras, com margens de lucro acima de 300%, segundo um relatório de 2022 da associação de comerciantes. Você encontrará réplicas idênticas da Fonte de Orion em toda terceira loja – dificilmente a lembrança única que você imaginava. Pior ainda, esses itens genéricos sustentam cadeias de suprimentos globais, não os artesãos de Messina. O vibrante mercado de peixes nas proximidades oferece mais autenticidade, mas muitos turistas perdem as barracas de artesanato escondidas atrás dos vendedores de produtos. Os locais sabem a diferença entre souvenir e memória – um acumula poeira, o outro gera conversas por anos.
Bairros onde os locais compram presentes
O Viale San Martino, logo além da área turística comum, abria boutiques discretas que vendem cerâmicas pintadas à mão de vilarejos próximos. Lá, Giuseppe, dono da loja de terceira geração, treina aprendizes na antiga técnica de maiólica – você pode vê-los trabalhando enquanto procura suas peças. Para souvenirs comestíveis, a Antica Dolceria Bonajuto, na Via dei Mille, usa receitas do século XIX para frutas de pasta de amêndoa, embrulhadas em papéis de estilo vintage. Não deixe de visitar o mercado de pulgas perto do antigo mosteiro de Santa Maria Alemanna, aos sábados, onde pescadores aposentados vendem itens náuticos transformados em decoração. Essas áreas exigem um pouco mais de esforço para chegar, mas recompensam com itens que carregam a verdadeira alma siciliana.
Dicas de horário para encontrar artesãos
Os mestres artesãos de Messina seguem horários diferentes das lojas de souvenirs. Ceramistas, como os do distrito de Ganzeria, muitas vezes abrem apenas das 10h às 13h, retornando após a sesta para trabalhar nos fornos – visitar às 16h permite ver obras em andamento. O lendário fabricante de marionetes Mimmo Cuticchio recebe visitantes apenas com agendamento, um sistema preferido por muitos artesãos tradicionais. Visite em setembro, durante a Festa della Madonna della Lettera, para encontrar oficinas temporárias demonstrando técnicas centenárias. Até evitar os dias de chegada de navios de cruzeiro (geralmente terças e sextas) significa uma experiência mais tranquila e tempo para conversar com os criadores sobre a história de seu ofício.
Como identificar artesanato siciliano autêntico
Itens genuínos feitos em Messina têm detalhes sutis que passam despercebidos aos olhos menos treinados. Cerâmicas devem apresentar pequenas imperfeições no esmalte – peças perfeitas provavelmente são industriais. Os carrettino siciliano (carrozes em miniatura) são esculpidos em madeira cítrica, nunca em plástico, com junções visíveis na parte inferior. Para comestíveis, verifique a certificação DOP em pistaches e alcaparras, indicando origem no Monte Etna. Não hesite em pedir ao artesão sua 'firma' – muitos assinam discretamente na base ou borda das peças. Na histórica Livraria Bonanzinga, a mais antiga da cidade, dedicatórias escritas à mão transformam livros em souvenirs únicos. Esses detalhes elevam as compras de meros objetos a conexões tangíveis com seus criadores.